quinta-feira, 23 de maio de 2013

Rede BioFORT discute a integração de projetos


O Comitê Gestor da Rede Brasileira de Biofortificação, liderada pela Embrapa, está reunido no JN Resort, em Sete Lagoas, Minas Gerais. A reunião começou na segunda-feira, dia 20, e segue até sexta-feira, 24. Cerca de 50 pessoas, entre pesquisadores, professores de universidades, extensionistas, jornalistas e bolsistas de projeto estão participando.

A rede está discutindo os resultados atingidos pelos projetos de pesquisa; estratégias de transferência de tecnologias; avaliação de impactos junto ao público alvo. A equipe discute também a integração entre os projetos da rede e a utilização dos recursos humanos e financeiros.

Na segunda-feira, o destaque foi o lançamento da primeira cultivar de milho biofortificado do Brasil, a BRS 4104, na Embrapa Milho e Sorgo. O lançamento aconteceu durante a abertura da 6ª Semana de Integração Tecnológica. O diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldir Stumpf Junior; a pesquisadora Marília Nutti, líder da Rede BioFORT; e o pesquisador Kevin Pixley, diretor do programa de melhoramento de milho do Cimmyt (International Maize and Wheat Improvement Center), falaram na solenidade.

A Nova Cultivar
Pelo menos 10 anos de pesquisas e um trabalho iniciado na Etiópia, um dos países africanos com mais problemas de desnutrição, resultaram no desenvolvimento da cultivar de milho BRS 4104, com quantidade de pró-vitamina A (carotenoides) cerca de quatro vezes superior à encontrada em cultivares comuns do cereal.  

Ao apresentar a nova cultivar, o pesquisador Paulo Evaristo Guimarães revelou que uma das grandes dificuldades encontradas durante o processo de melhoramento do milho foi a identificação dos carotenoides precursores da pró-vitamina A: “Ao contrário de outras culturas, como a batata-doce, é mais difícil identificar esses carotenoides no milho. Portanto, a cor amarelada intensa dos grãos não a distingue de outras cultivares simplesmente por possuir mais quantidade de pró-vitamina A”.

Segundo Guimarães, a princípio, a nova cultivar será repassada às escolas agrícolas que participam do Projeto BioFORT e às comunidades carentes, para uso em programas sociais e na merenda escolar, por intermédio do Programa Nacional de Alimentação Escolar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário